20/10/16 Sobre Amor e Alma

Ainda sobre a explosiva conjunção Marte-Plutão em Capricórnio, acrescentando a oposição Mercúrio-Urano, Lua entrando em Câncer (13:28-RJ), Vênus em Sagitário e toda a intensidade no “Céu como na Terra”: é claro que as forças capazes de promover transformações profundas, sejam individuais e/ou sociais, podem provocar muitos “estragos” quando detonadas. As feridas ficam expostas e, só assim, podem ser tratadas, também amadas. As formas de governo que adotamos, a maneira como organizamos nossos meios de produção e condições de trabalho, as instituições estabelecidas e a vida de cada um relacionada às estruturas sociais até aqui construídas têm a oportunidade de serem transformadas. O excesso de competitividade que anula as diferenças e as relações de respeito e troca amorosa, o acúmulo de coisas que anula o próprio valor das coisas, a desconexão e a desconfiança quanto ao que possamos entender como “abundância” em nossa vidas. Tudo vindo à tona e nos convidando a fazer diferente, a nos conectar com o ciclo natural de vida-morte-vida. Se vibramos só na destruição e anulamos as possibilidades criativas desse momento, isso é uma escolha. Assim como também é uma escolha assumir nosso papel individual, já que numa relação de amor verdadeiro, o micro também se reflete no macro. Dá MUITO trabalho sincronizar pensamento e ação, eu sei. Mas o que é de fato importante e não dá muito trabalho? Podemos pensar muito e não agir, implodindo; ou agir sem pensar, sem nenhuma reflexão, explodindo! A Lua em Câncer hoje nos sensibiliza a alma no sentido de encontrar também uma nova experiência de “lar”, não somente um lugar para onde volto pra me preparar para mais um dia de trabalho; assim como novos “laços” familiares, não somente os “nós atados” que me prendem. O Sol está em Libra, estamos numa lunação libriana e Vênus, a deusa do amor e da beleza, é a regente dessa orquestra. Se a gente brincar um pouco com a imaginação, pode propor que, em Sagitário, é Vênus a arqueira que detém as flechas. Na mitologia, Ela age e toca os humanos através de seu filho Eros, o cupido que flecha os corações. Ao invés de ficar somente lamentando as feridas expostas e chorando a sangria sem fim que leva à morte e anula as forças criativas que daí podem surgir, compartilho a tocante reflexão de James Hillman: “dessas feridas flui o amor, pois o amor flui mais facilmente das fraquezas e das patologias do que da força. Almejar a invulnerabilidade como meta, ou como remédio, significa colocar-se a salvo das flechas de Eros e de sua tocha e nunca mais sentir-lhe a pontada e a chama erótica. Eros engendra alma também na fraqueza, pois revela à alma as feridas de sua inaptidão”. No AMOR, te convido, seguimos!

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