No “Céu como na Terra” não temos vivido tempos fáceis. Quando os “grandes” (em tamanho, em poder aquisitivo e de influência, em violência e ignorância, etc) ficam se desafiando na disputa de quem é O maior, cada um de nós sabe que é no micro e na construção do “pequeno” no dia-a-dia que encontramos “as brechas” de onde tirar forças para continuar. Na “grande” disputa por poder, valores éticos e conquistas sociais parecem ser meras mercadorias e até moedas de troca de interesses. No Céu, Júpiter e Plutão, os poderosos, começam a se provocar de forma cada vez mais e mais intensa. Júpiter, na mitologia grega (Junito Brandão maravilhoso!), é Zeus, o “pai do Céu luminoso”; e Plutão, o “Zeus subterrâneo”, o “senhor do imenso império localizado no seio das trevas brumosas, nas entranhas da Terra”. Ou seja, uma “briga de cachorro grande” vai sendo anunciada. No pequeno de cada um de nós, essa briga pode se dar entre valores tradicionais e institucionalizados que repetimos e ainda afirmamos em detrimento da necessidade de continuar promovendo mudanças no velho modo de produzir e trabalhar. Ao mesmo tempo em que cada um precisa se responsabilizar pelo que pensa e faz e se sente desanimado diante de tanto “cachorro grande e raivoso”; Saturno, um pouco – bem pouco – mais “otimista” do que de costume (muita ousadia falar isso de Saturno?), parece apontar que existe pelo menos a possibilidade de negociar limites; se dá para avançar um pouco mais daqui, ou se é melhor recuar dali. Isso pode ser muito interessante porque vai mostrando, de fato, o que é ou não possível agora. É através dessas “brechas” que vamos seguindo no firme propósito de realizar nossos sonhos mais essenciais. Fazendo o possível hoje; confiando no Mistério e na poderosa alquimia que continua forte “nos bastidores”; dialogando em silêncio e oração com nossos deuses e “subterrâneos”. E, já quase na virada do dia, quando a Lua ingressa em Áries (23:45-RJ), “trocando uma ideia” com Marte em Aquário, talvez possamos sentir seu abraço acalorado trazendo uma mensagem de incentivo, lembrando que não estamos sós nos nossos dramas diários e, que se olharmos em volta, tem um monte de gente fazendo coisas maravilhosas que beneficiam outros montes de gente, sem intenção de acúmulo, disputa, cobiça ou mera autopromoção.