A Lua chega em Capricórnio (13:12-RJ) e hoje é um dia de preparação para o Novo Ciclo Lunar, talvez tão ou mais importante agora que a chegada em si do que chamamos comumente de Ano Novo, afinal os frutos dessa semeadura estratégica serão colhidos já em 2017. É que de hoje para amanhã (mais precisamente às 04:53-RJ), a Lua entra em comunhão com o Sol em Capricórnio, Lua Nova, e durante as núpcias desse casamento sagrado podemos “semear” as bases estruturais de importantes mudanças que queremos implementar em nossas vidas, fundamentos de fortalecimento e de construção de sonho em realidade a ser “colhida” mais à frente. A Lua Nova de Capricónio ganha a presença de Mercúrio-retrô em sintonia e oração com Marte e Netuno em Peixes, ou seja, há um silencioso diálogo entre sonho e realidade acontecendo nos bastidores. É nesse sentido a preparação de hoje para um ritual de interiorização e um “chamadão” pessoal para uma conversa honesta consigo mesma/o. É muito importante perceber por onde a “coisa encrenca” e por onde flui melhor; onde há ruídos repetitivos, “palavras feridas e capengas” e “palavras-bálsamos” de cura. Perceber, diferenciar e discriminar também as “palavras mágicas” que abrem os caminhos e as portas, aquelas que geram atitudes construtivas de auto-realização capazes de “fazer chão” embaixo de cada pisada; daquelas que nos desautorizam a realizar nossos sonhos e aspirações. Essas últimas costumam fazer parte de um discurso patriarcal enrijecido em seus critérios próprios e excludentes sobre o que seja “competência”, “rigor”, “relevância”, “disciplina”, “eficiência”, “status social”, etc, e, geralmente costumamos recebê-las pela negação: “incompetente”, “não serve para nada”, “não tem mercado pra isso”… Enfim, essa chamada de consciência é pessoal e visa reconhecer essas falas coletivas que nos atravessam e que, nesses cruzamentos, podem nos limitar demasiadamente as possibilidades criativas de caminhos e conquistas… Quando as tais “palavras mal-ditas” ainda têm o poder de nos paralisar (mesmo de forma inconsciente, nos auto-boicotes, etc) pela falta de fé e aniquilação do desejo, o estrago está feito. Pois “se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível” (Nando Reis, gratidão!). Sendo assim, assumindo que a palavra tem poder, seleciona e prepara as “sementes” que irá lançar à terra (a partir de amanhã e nos próximos dias de Lua Nova) cuidando também das “palavras em oração” que serão proferidas nesse ato sagrado. Palavras internas mais conscientes podem, por exemplo, desfazer pactos que foram importantes em algum momento e que agora não servem mais; ou podem também estabelecer novos padrões de pensamentos capazes de autorizar novas atitudes frente às já ultrapassadas e aprisionadoras. Há que se descobrir que palavras em você funcionam como um “abre-te, Sésamo” ou um “fecha-te, Sésamo!” e em quais situações usá-las. É claro que nesse período de profunda reflexão convém não assinar contratos ou documentos importantes e nem empenhar sua palavra em vão. Por enquanto, caminha sua palavra… Um passo de cada vez! Prepara! (imagem Alexandra Eldridge)