Hoje a Lua em Câncer completa o terceiro quarto do ciclo de lunação chegando ao Quarto Minguante (9:25-RJ), ou seja, faz mais uma quadratura (aspecto desafiador) com o Sol em Libra, lunação virginiana. Além disso, La Luna (parece estar bastante zangada com o que vê…) mantém a tensão com Plutão em Capricórnio e desafia também a “comunicação diplomática” com Mercúrio no signo da “balança da justiça”, lembrando que não há entendimento nem harmonia social possível sem Ética nas relações, não há beleza, graça nenhuma. Os nervos ficam à flor da pele, a impulsividade precisa ser cuidada com carinho e atenção para não provocar mais estragos. Nesse momento do ciclo lunar, passados o ápice “explosivo” da Lua Cheia em Áries (05/10) e o tempo de disseminar os possíveis aprendizados iluminados, se estabelece uma natural “crise na consciência” (Rudhyar, gratidão!), nas “formulações conscientes”. Ou seja, há um forte conflito que nos empurra a sair do mundo das ideias para que possamos “materializar crenças pessoais em estruturas sociais” que se sustentem a partir de valores humanos em comum. Se o “Céu” hoje pode deixar algum recado para o tal “dia das crianças”, talvez seja mais ou menos assim: enquanto a gente tratar a infância (cuidados de acolhimento para mães e famílias assegurados por lei, educação fundamental infantil valorizada, condições básicas de saúde) como “coisa (de) menor”, as estruturas sociais que estampam belas crenças “no slogan” continuam frágeis como castelos de areia a desmoronar a cada “nova onda”. Se infância só servir pra data comercial, pra discurso moralista, ou como desculpa pra gente não encarar nossos velhos tabus e não assumir responsabilidades, perdemos “de lavada” a batalha da vida em sociedade e mantemos marginalizados e/ou encarcerados nossos mais fortes potenciais de transformação. Desse jeito, “o sangue continua escorrendo onde o filho chora, bum, e ninguém vê” (em alusão à Facção Central, salve!).