Talvez o grande desafio de hoje seja vivido bem dentro do peito e se alastre como pólvora explosiva por todos os poros, chegando às “partes baixas”. Sim, o pavio pode ficar curtíssimo nas relações pessoais mais íntimas. Quanto maior o “confinamento”, maior a violência de seus efeitos. Quando Vênus, Plutão, Júpiter e, mais à noite, a Lua estão envolvidos nessa trama passional tipo “Atração Fatal”, nós ficamos sujeitos a ataques de total descontrole emocional, sentimentos de desamparo reativos, expectativas afetivas exageradas que sempre geram mais e mais sentimentos de falta (“deveria ‘ser assim’; dizem ‘a moral e os bons costumes’ que tem que ‘ser assado’, está faltando algo na nossa relação”…). Estamos no território das carências afetivas que podem se apresentar sob um véu misterioso altamente sedutor, geralmente encobrindo nossos tabus e fragilidades a respeito de POSSE e manipulação nas relações. A consequência de tanto “frisson” pode ser deixar escapar pelas fendas das entranhas a competição nada produtiva – ninguém vence! – entre casais e pessoas próximas. Se for possível, evite “ambientes fechados” e, se não houver como evitar, esteja atento aos “alarmes sonoros” e aos avisos indicativos das “saídas de emergência”. A força mais assertiva disponível para lidar com essa situação toda, talvez venha das relações mais coletivas, que ampliam vivências mais íntimas em grupos maiores onde o ar pode circular melhor e arejar possíveis “super-aquecimentos”. Pode ser necessário mais que simplesmente “sair pra tomar um ar”. Talvez seja bom procurar a grande rede de amigos onde sabemos que tem bastante oxigênio disponível. Se conseguir levantar a cabeça e perceber para onde segue o caminho tão arduamente trilhado até aqui, melhor continuar sem olhar pra trás. Estamos no território das compulsões. Se alguém te oferecer fel numa taça de cristal… melhor nem começar, né? “Não, obrigada/o”. Só por hoje!