08/08/17 “a água implícita, a sede infinita”

Lua Cheia, passa de Aquário para Peixes às 18:56-RJ, Sol e Marte em Leão (não guarda tanto fogo sozinho, nem na cabeça fervente nem no coração inflamado, experimenta oferecê-lo!), Saturno e Urano “retrôs” mantendo os caminhos alternativos abertos, Júpiter abençoando a travessia e os cuidados são no sentido de evitar “bater de frente” quando surgirem quaisquer desafios (Vênus-Júpiter-Plutão Rx, Mercúrio-Netuno Rx). Ao invés de se perder em dúvidas ou nos detalhes técnicos e, assim, perder a conexão, a fina sintonia com o Sagrado; ao invés de, “em nome da dureza do trabalho”, deixar de lado o “colo macio do (auto)acolhimento” em proteção; deixa o Mistério te aconchegar nos gestos espontâneos, naturalmente sábios, que estão sustentando as transformações em curso. Seja como for, deixa o fluxo acontecer! Não atrapalha o fluir natural do processo agora tentando entender a lógica das coisas. E, se ficar muito difícil, recomendo boas doses de música, artes em geral, poesia a qualquer momento: “Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? (…) Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.” (C. Drummond de Andrade, gratidão imensa!)

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