Lua Cheia, em Peixes, trazendo poesia que abraça de água esse intenso ciclo leonino: “Nossas origens fazem parte de nossa originalidade” (F. Ponge, gratidão!), num “Céu na Terra” em que o caminho iluminado de Sol está bem aberto, sustentado e abençoado pela beleza e pela sabedoria contidas nas relações de parceria e confiança. Todo caminho de Sol projeta brechas de sombras e essas, às vezes, podem ser como abraços molhados em concha, aliviando o excesso de calor que também ofusca a visão. Cada passo nesse caminho busca, em silêncio, a harmonia entre o sonho e a realidade material. Sem tocar o chão duro, a gente não anda. Sem tirar o pé do chão para dar a próxima passada, também não. Tem um milagre em cada pequeno passo, um vazio que também sustenta a caminhada, uma entrega cúmplice com o movimento da Vida que nos atravessa, um fluxo de que somos feitos. Percebe?