Sol e Mercúrio em Libra iluminando caminhos de mais amor, paz, equilíbrio (quem tem que buscá-los somos nós); Lua em Peixes, já bem “carregadinha”, “Corcunda”, sensibilizando com Netuno Rx, Vênus e Marte o eixo Virgem-Peixes, o “eixo da sabedoria universal” (Dona Emmy, gratidão!), pedindo mais harmonia na relação de opostos que não precisam e não devem se excluir. Corpo ou espírito? Alma! A Lua em Peixes cansa de ouvir: “põe o pé no chão, não viaja!”. Curiosamente, os pés que pisam o chão de terra da realidade material compartilhada, onde o trabalho virginiano é produzido e servido com análise crítica e aperfeiçoamento constantes, são os mesmos pés regidos por Peixes no corpo humano. A Mestra-avó lembra que a prece diz: “Senhor, não deixa que eu critique meu irmão sem antes ter andado sete dias com as sandálias dele.” Talvez a “liga” desse eixo seja a compaixão, não o conceito, não a ideia. Diz Osho: “A compaixão não é algo que se possa aprender. Depois que você tiver desaprendido todas as formalidades, toda a etiqueta e as boas maneiras, ela brota em você. A compaixão é selvagem; ela não conhece formalidades (…). Ela é extremamente viva, é uma chama de amor.” Sendo assim, com o “corpo mais nu” de tantos pré-conceitos e idealizações, despojado de tantas amarras, experimenta molhar os pés novamente nas águas sagradas dos seus sonhos e, na beirinha desse mar, lavar de sal grosso toda a roupa suja que ficou grudada na pele, abrir os poros, elevar suas preces. Confiando e agradecendo. A compaixão começa em você. No seu corpo nu. E tem o poder de se alastrar… (foto: Kazuo Okubo)